O não julgamento é um dos exercícios mais difíceis que existem. Sair das ideias pré-concebidas da mente requer disciplina e observação constante.
Eu posso afirmar que o não julgamento é uma espécie de liberdade que nos coloca em condição real da tal da igualdade entre os seres humanos e que é tão propagada e tão pouco praticada.
Olhar para além das aparências é desafiador e exige humildade.
Humildade que nos coloca em contato com uma parte importante da nossa humanidade.
O não julgamento a princípio parece utópico, mas insistentemente praticado, pode se incorporar nós, no dia a dia.
Quando conhecemos alguém ou assistimos uma situação da qual desconhecemos o que realmente aconteceu, imediatamente temos uma impressão ou julgamento.
Esquecemos de conhecer o contexto real. Nos apegamos somente a uma parte. Não buscamos pela totalidade das pessoas ou das situações.
O não julgamento apazigua nossos pensamentos e confronta o hábito de rotular pessoas, situações.
O julgamento traz consigo uma falsa sensação de que somos muito melhores do que as pessoas e situações que julgamos. É um vício. Justamente por trazer este suposto prazer de nos sentirmos melhores ou superiores.
Ao invés de julgarmos, poderíamos perguntar: o que será que aconteceu com esta pessoa? O que será que aconteceu nesta situação?
O não julgamento nos coloca em um lugar de igualdade com tudo e com todos.
O não julgamento ativa nossa capacidade de compreender a vida. Com boa vontade é possível não julgar nada e nem ninguém.
Experimente não julgar.
Elaine Leal Carvalho
Terapeuta e Consteladora Familiar